fazemos tudo para andar na linha, para fazer tudo segundo as regras e, no fim do dia, acabamos presos numa cela criada por nós próprios. aqui os pecados não são crimes horrendos, são pensamentos, pensamentos que nos deixam presos no passado ou no futuro. aquilo que têm em comum é não nos deixarem viver o presente, por nos invadirem de medo, medo de fazer a história repetir-se ou daquilo que imaginamos que inevitavelmente irá acontecer. somos vítima, agressor, policia e juiz nesta história e, independentemente dos seus contornos, o desfecho é sempre o mesmo: o nosso encurralamento. criamos uma bolha que brilhantemente nos protege. mas, como em qualquer boa cela, tanto nos impede de sair como impede a vida de entrar. aqui ficamos nós, confinados às quatro paredes da nossa mente, seguros mas dormentes. qual é o teu pecado?