há dias em que sentimos coisas que não sabemos bem explicar nem denominar. e quando tentamos explicar e nos ouvimos a nós mesmos, sentimo-nos ridículos. é estranho não saber explicar aquilo que nos vai cá dentro, como se as palavras não fossem suficientes. mas a necessidade ridícula de dar-mos nome a tudo consome-nos e frustra-nos. temos de ser detentores da nossa sabedoria pelo menos, não? talvez não. talvez não haja um nome que descreva na perfeição todos os sentimentos que possam surgir dentro de nós. talvez não haja um conjunto de palavras que simplifique aquilo que vivemos. mas se, por ventura, as encontrar-mos sentir-nos-emos aliviados por, no fim, isto só significa que houve alguém que em tempos se sentiu tal como nós.