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Dançando...




quando fechamos os olhos suavemente e admiramos cada melodia parece que energia nasce dentro de nós. de olhos fechados, a olhar para dentro, parece que o corpo ganha vida própria. parece que o braço direito se move em direcção ao céu apontando para ele; que o esquerdo acaricia o horizonte; e que, numa subtil troca de peso, cada perna se prepara para o rodopio trifuante. este marca o momento em que nos permitimos deixar levar e ser sem nada mais (a temer). os movimentos não têm nenhum propósito além de simplesmente existir, temporariamente, porque depois de um urge outro e depois outro até que o corpo se canse ou a música cesse. de olhos abertos somos tomados pela realidade. ai o corpo pára, fica imóvel e a energia parece que se dissipa. perde-se o fluir do movimento mas não a vontade de continuar a dançar.