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Pequenos palhaços

temos a mania de nos levar demasiado a sério. isto há medida que a vida vai passando, as responsabilidades vão aumentando, as exigências da sociedade vão levando a melhor e vamos perdendo a capacidade (e a vontade) de brincar. das coisas que mais me satisfaz na minha profissão é o facto de me permitir continuar e não deixar perder o desejo, de brincar. os miúdos puxam por nós, exigem a presença do nosso lado mais brincalhão, exigem atenção, exigem que tudo seja mais leviano... só assim, a brincar, é que podemos trabalhar coisas sérias. nós (adultos, coff coff) esquecemo-nos de também brincar, de nos libertarmos, de nos permitir regressar à criança que em tempo fomos. podem vestir-nos com um belo fato, trocar a mochila por uma mala profissional, os ténis pelos sapatos, os abraços pelos apertos de mão, mas não conseguem apagar a criança que há em nós.